SEM TER A
PUBLICIDADE DE UMA BARDOT OU DE UMA LOREN, ELA É UM FENÔMENO DE POPULARIDADE
NOS PAÍSES MEDITERRÁNEOS E NA AMÉRICA LATINA, PRODUZINDO MILHOES DE DÓLARES
PARA OS COFRES DA ESPANHA, CUJO CINEMA SOUBE APROVEITAR-LHE O TALENTO DE
CANTORA E ATRIZ
SARITA
em ritmo de samba
A estrêla de "La Violetera" vai filma no Rio uma história de carnaval.
Sarita Montiel
volta ao Brasil para filmar. Já estivera aquí antes, quando a Vera Cruz, em
crise, comecava a ser alugada a companhias estrangeiras que queriam realizar
co-producoes no Brasil. Ainda mal conhecida, ela seria uma das figuras que
integrariam o elenco de O Americano, ao lado de Glenn Ford. No Rio e em Sao
Paulo, Sarita passou quase despercebida. Fêz, contudo, um esofôrco para ser
notada, cantando no rádio as cancoes espanholas, de que era exímia intérprete.
De súbito, a companhia que filmava O Americano alterou os seus planos: nao iria
mais a Mato Grosso, como tinha planejado, nem continuaría a filmar em Sao
Paulo. Técnicas e artistas partiram, repentinamente, para Hollywood. E Sarita
também. Desde entao, o seu nome cresceu de maneira extraordinária. Nao através
do cinema norte-americano, mas através do espanhol. Paradoxalmente, essa mulher
de rara beleza e de voz agradável nao cnquistou o éxito pela mao de seu próprio
marido, o diretor Anthony Mann, que a dirigía, ao lado de Mário Lanza, no filme
Serenata, recebido com grandes
reservas pela crítica. Foi um obscuro diretor argentino, que deixara Buenos
Aires por incompatibilidades com o peronismo, quem a colocau no caminho da
glória e da fortuna. Luís César Amadori, depois de ter realizado Deus Ihe Pague, com que conquistou um
premio em Veneza e o mercado europeu, fixou-se em Madri e se tornou
especialista em filmes coloridos, com Sarita como protagonista. Tais filmes,
para a crítica sofisticada, sempre em busca de películas com mensagens
transcendentes, talvez pouco valham. Mas alcancam, em tôda parte, um éxito
espetacular, prolongando-se por meses e meses nos cartazes. Foi o que aconteceu
com La Violetera, Carmem de Ronda, Meu
Último Tango, Pecado de Amor e mais recentemente, com Rainha do Chantecler.
Separada de Anthony Mann, que a dirigiu no filme Serenata,
ela vai casar de nôvo no México
GALAS célebres,
como Raf Vallone, o intérprete magistral de Panorama
Visto da Ponte e Fedra, nao desdenharam de aparecer em filmes espanhóis, ao
lado de Sarita Montiel. Antes de seus éxitos na Espanha, ela permanecera algum
tempo no México, para onde fôra usando ainda o nome de batismo –Maria Antônia
Abad. Depois de aparecer em pequenos papéis em producoes mexicanas, acabou indo
para Hollywood. Aí, além de desastroso filme com o tenor Mário Lanza, e de O Americano, apareceu, ainda, em Vera Cruz, ao lado de Gary Cooper e de
Burt Lancaster. Compreendeu, porém, que só lhe queriam dar papéis de segunda e
terceira orden, nos quais se limitaría a aparecer como um tipo latino, ou
mestico, de mulher da frontera. Sarita casarase com o director de Serenata e, quando êste foi dirigir uma
co-producao na Espanha, ela teve inesperado convite para aí filmar uma história
española, em película colorida. Algumas semanas depois, era uma celebridade.
Antes, era apenas a esposa de Anthony Mann. Mais tarde, Anthony Mann é que
passou a ser apenas o marido de Sarita Montiel.
Quatro interpretacoes de Sarita: em Vera Cruz; em Carmen de Ronda; em Meu Último Tango e em A Violeteira.
Porque o divórcio de sarita se tornou inevitável.
COM mais de
cinqüenta anos de idade, o cineasta inglês era uma espécie de marido-pai. Tal
diferencia de idade se acentuaría ainda mais em face dos éxitos de Sarita,
convertida em campea de bilheteria, a ponto de nao raro fazer sombra às grandes
estrêlas de Hollywood, de Paris e de Roma, cujos filmes sumiam do cartaz
enquanto os dela continuavam, por semanas ou meses, a atraer multidoes. Um
conflito nao tardou a se establecer entre o casal. Anthony Mann quería dirigir
filmes de Sarita. Mas o productor espanhol Benito Perojo, que os financiava e
que, gracas a ela, está hoje bilionário, opôs seu veto formal. Nada disso: os
diretores seriam escolhidos de común acôrdo, por êle e Sarita, assim como as
histórias a serem filmadas. Anthony Mann esbravejou, mas sossegou um pouco
quando encontrou trabalho com as companhias norte-americanas na Inglaterra e na
Espanha. Criou-se, porém uma insuportável tensao entre êle e a esposa. E essa
tensao teve o seu desfecho com o divórcio recenté.
Sarita volta ao
Brasil, solteira. Isso nao quer dizer que ela nao tenha um nôvo interêsse
sentimental. Vai casar-se, novamente. Só que desta vez nao será com un diretor
ou ator de cinema, mas com um grande insdustrial mexicano.
A estrêla
española declara que nao lamenta o tempo que passou no México e em Hollywood,
pois que muito pôde aprender, entao. Principalmente, foram grandes as licoes de
humildade. E mais do que nunca se convenceu de que um bom filme nao é senao o
resultado de um perfeito trabalho de equipe.
Seu verdadeiro nome é Maria Anônia Abad, e nasce una
terra da famosa Dulcinéia Del Toboso
MAS acredita que
o cinema norte-americano está-se prejudicando por duas coisas: a primeira, que
é a de se restringir quase sempre aos asuntos de gôsto norte-americano,
encarados sob um ponto de vista, muito particular, da moral puritana, e a
segunda, que consiste em desvirtuar a realidade, para forcar os inevitáveis happy ends de suas producoes. Com isso,
tendem naturalmente à repeticao de temas, desprezando aspectos que podem
interesar às platéias de outras nacionalidades.
-A
história de uma cantora de cancoes populares, ou de uma bailarina de cabaré,
apaixonada por um toureiro, por exemplo, é o a un produtor norte-americano, êle
dirá: “Nao vale a pena fazer isso. Já foi feito, em Carmem, que é um clásico, e em Carmen
Jones, que é a modernizacao dêsse clásico”. Nao adianta dizer-lhes que há
sempre ángulos novos, modernos, diferentes. A resposta será: “Nao há ángulos
novos: temos que esperar dez anos, até podernos filmar Carmen de nôvo…” Entretanto, provamos que tal história poderia ser
apresentada sob outros pontos de vista interesando a milhoes de pessoas.
Interessando e comovendo…
Dessde entao
Sarita Montiel tem sido tentada por varios produtores a voltar a Hollywood, mas
tem resistido com a amior energía. Ela nao via necessidade de sair de Madri,
onde pode trabalhar à vontade, em meio de sua própria gente, para submeter-se a
normas rivais, que eram Carmen Sevilla e Paquita Rico. Ela ainda relembra,
divertida, a maneira estranha pela qual foi descoberta para o cinema, quando
nunca havia pensado em se colocar diante de uma cámara cinematográfica. Era,
ainda, uma garôta, uma menina-moca, coma quela resplandecente beleza das filhas
de Mancha, terra de Dom Quixote e de Sancho Panca, mas terra também da
belíssima Dulcinéia del Toboso e de algumas das mulheres mais lindas da
Espanha. Tomava parte numa procissao, coma r contrito, sob a sua mantilha
negra. De repente, no meio da multidao, un homen desconhecido puxou-lhe o
braco. Teve vontade de gritar. E teria gritado se nao fôsse o temor de faltar
com o respeito ao ato religioso.
-Nao
tenha mêdo –disse-lhe
o homem.- Preciso falar-lhe com urgencia. Sua
beleza impressionou-me. Quero dar-lhe uma oportunidade no cinema. Procure-me
amanha, com seus país… Guarde o meu cartao!
Recibida no galeao pelos academicos do salgueiro, ela ganhou orquideas, deu autógrafos e mostrou que ja sabe sambar.
Como se decidiu o seu destino artístico, aos 13 años
de idade.
O homem se foi.
Aquêle cartao dizia simplesmente: “Fernando Antunes –Agente de Artistas.
Cinema. Rádio. Concertos.” No dia seguinte, Sarita lá estaba acompanhada por
alguns de seus familiares. Mostrava-se tímida e assustada. O agente lhe disse
que nao tivesse mêdo. Se soubesse cantar ou recitar, que o fizesse. Sarita
cantou. E, aprendera poucos días antes para uma festa de seu colégio. Em
seguida, foi realizado o teste cinematográfico, com éxito completo. A jovem
desconhecida da procissao ia iniciar, da forma mais imprevista possível, una
carreira cinematográfica como poucas. Hoje está milionária, mas nao se esquece
nunca de que tudo debe àquele audacioso Fernando Antunes, que nao hesitou em
abordá-la, quando ainda tinha 13 años…
Sarita Montiel
teria uma publicidade internacional semelhante à das mais famosas estrêlas de
Hollywood, sobretudo na imprensa latino-americana, se nao fôsse uma mulher
discreta e retraída. Em vez de procurar colocar-se em foco, como tantas, ela prefere
o mínimo de ruído em tôrno a sua pessoa. Prefere que se fale, nao dela, mas de
seus filmes, um dos quais, em apenas um ano de exibicao na Espanha e na América
Latina, produziu nada menos de cem milhoes de dólares de receita. No Brasil,
ela vai interpretar o papel central de un filme, que se chamará, provávemente Samba, cuja acao se desenrola en pleno
carnaval carioca.
Para apresentar no Rio e Sao Paulo as suas cancoes,
Sarita Montiel trouxe doze malas de vestidos parisienses
A chegada de
Sarita Montiel ao Rio movimentou o aeroporto do Galeao, onde uma embaixada de
passistas de escola Acadêmicos do Salgueiro a aguardava. Êles vao colaborar no
filme Samba, em que a estrêla
española fará o papel de cabrocha escolhida para representar, no desfile, o papel
de Chica da Silva. A história do filme, de caráter melodramático, foi escrita
para aproveitar êsse episódio sensacional dos festejos carnavalescos desde ano.
O gala, que será o ator francés Marc Michel, o diretor, Rafael Gil, e o chefe
de producao, fotógrafo, cabeleireiro, cenógrafo e outros técnicos, contratados
pelas Producoes Cesaro González vieram da Espanha com Sarita. Ela trouxe, como
bagagem, doze grandes malas, contendo modelos de Christian Dior, Balenciaga e
outros costureiros parisienses, que usará em suas aprensentacoes pessoais, em
teatros e cinemas de Sao Paulo e do Rio. A filmagem de Samba, cujo elenco será completado por artistas brasileiros, terá
início no dia dezessete. A tomada de exteriores será feita em Petrópilis, Rio,
S. Paulo, Salvador e Brasília.
REPORTAGEM DE ALBERTO SILVEIRA
EL RECORTE CCXXXIV
En 1964 se estrenaba "Samba", la película más cara del cine español hasta ese momento. Mientras tanto, Sara Montiel planeaba su boda con José Vicente Ramírez Olaya y abordaba indiscretas preguntas como las de esta entrevista de la revista Fotogramas, en 1964 también.
LLUVIA DE PREGUNTAS SOBRE
SARA MONTIEL
María Antonia Abad, Sara Montiel, es una mujer
desconocida, como ocurre con todas las auténticas figuras del cine desdibujadas
por la publicidad, por las críticas y por la imaginación de las masas. En la
presente entrevista se demuestra, no obstante, que se trata de una mujer
prudente, equilibrada y que domina el arte de contestar al periodista.
Antonia, Alejandra, Vicenta, Isidora, Elpidia Abad
Fernández, nació en Campo de Criptana el 10 de marzo de 1928. Mide 1,67 y pesa
58 kilos. En 1956 contrajo matrimonio con Anthony Mann. Debutó en la pantalla
en “Te quiero para mí”, 1944, con Antonio Casal. Después ha interpretado:
“Empezó en boda”, 1944, con Fernando Fernán-Gómez; “Bambú”, 1945, con Luís
Peña; “Se le fue el novio”, 1945, con Fernando Fernán-Gómez; “El misterioso
viajero de clipper”, 1945, con Emilio Ruíz; “Por el gran premio”, 1946, con
Manolo Morán; “Mariona Rebull”, 1947, con José Seoane; “Alhucemas”, 1947, con
Julio Peña; “Don Quijote de la Mancha”, 1947, con Rafael Rivelles;
“Confidencia”, 1947, con Julio Peña; “Vidas confusas”, 1947, con Enrique Guitart;
“Locura de amor”, 1948, con Jorge Mistral; “La mies es mucha”, 1948, con
Fernando Fernán-Gómez; “Pequeñeces”, 1949, con Jorge Mistral; “El Capitán
Veneno”; 1950, con Fernando Fernán-Gómez; “Tha Man fron Tangiers”, 1950, con
Nils Asther; “Cárcel de mujeres”, 1951, con Tito Junco; “El fuerte”, 1952, con
Ángel Garasa; “Soy gallo dondequiera”, 1952, con Joaquín Cordero; “Piel
Canela”, 1953, con Manolo Fábregas; “Porque ya no me quieres”, 1953, con Raúl
Martínez; “Se solicitan modelos”, 1954, con Raúl Martínez; “Frente al pecado”,
1954, con Alberto González; “No creo en los hombres”, 1954, con Roberto Cañedo;
“Viene Martín Corona”, 1954, con Pedro Infante; “Veracruz”, 1954, con Gary
Cooper; “Dos pasiones y un amor”, 1955, con Mario Lanza; “Yuma”, 1957, con Rod
Steiger; “El último cuplé”, con Armando Calvo; “La violetera”, 1958, con Raf
Vallone; “Carmen la de Ronda”, 1959, con Jorge Mistral; “Mi último tango”,
1960, con Maurice Ronet; “Pecado de amor”, 1961, con Reginald Kernan; “La bella
Lola”, 1962, con Antonio Cifariello; “La reina del Chantecler”, 1962, con
Alberto de Mendoza; “Noches de Casablanca”, 1963, con Maurice Ronet y “Samba”,
1964.
1.¿Cuál es tu
defecto más acusado?
-El
pesimismo.
2.¿Cuál, su
virtud?
-Mi
deseo de trabajara?
3.¿Siente
envidia de las amas de casa con familia numerosa?
-Muchísima.
Adoro los críos. Este es el verdadero destino de la mujer en este mundo.
4.¿Su familia la
denomina de alguna manera especial?
-No;
me llama simplemente Antonia.
5.¿Es usted
supersticiosa?
-Lo
normal.
6.¿Mal pensada?
-Las
mujeres solemos serlo.
7.¿Rencorosa?
-¿Qué
piensan los demás de esta pregunta?
8.¿Qué
personalidad mundial le impresiona?
-Ernst
Hemingway. Le conocí en La Habana en el año 1958. Era un gran hombre por encima
de sus virtudes –que ya es- de escritor y novelista.
-Me
gusta montar en moto.
10.¿Cuál es su
torero favorito?
-Luís
Miguel Dominguín.
11.¿Qué tipo de
muebles prefiere?
-Me
encantan las mesas.
12.¿Cuánto suele
gastar, por lo general, en vestirse durante un año?
-Las
mujeres solemos ser lo suficientemente inconscientes o femeninas para que no
nos guste responder en estos casos.
13.¿Guarda usted
especial preferencia por algún modista de aquí o de fuera?
-Epañol,
Rodríguez. Italiano, Schubert. Francés, Dior.
14.¿Color
favorito?
-Verde.
15.¿Perfume?
-Una
buena pastilla de jabón.
16.¿Cuál es su
violín de Ingres?
-Intento
pintar.
17.De todas sus
joyas, ¿cuál es su pieza más apreciada?
-Una
pequeña sortija. Me la regaló mi madre.
18.¿Le gustan
los animales?
-Muchísimo,
los perros.
19.¿Cuántos
visones tiene?
-Tres.
20.¿Existe algo
que no tenga y deseara en este momento?
-Soy
muy feliz con lo que tengo.
21.¿Guarda algún
régimen especial?
-Sí.
Y durísimo.
22.¿Le gusta
cocinar?
-No.
Y además, lo hago muy mal.
23.¿Cuántos
pitillos y de qué marca fuma diariamente?
-Dejé
de fumar hace más de tres años.
24.De no ser
actriz, ¿qué le hubiese gustado llegar a ser?
-Actriz.
25.¿Qué época le
gustaría haber vivido?
-La
romántica. Allá por 1830. Cuando Larra estaba en su apogeo.
26.¿Personaje
histórico preferido?
-Siento
profundo respeto por la figura de Teresa de Jesús.
27.Aparte su
ciudad natal, ¿qué población española le gusta más?
-Me
gusta Madrid. Y no puedo olvidar que en Barcelona viví las horas más decisivas
de mi carrera: las del rodaje de “El último cuplé”.
28.¿Cuánto
tiempo le lleva una canción en prepararla y grabarla?
-Como
término medio, alrededor de quince días.
29.¿Cuál de
ellas se le “atragantó” más?
-“Clavelitos”.
30.Aunque sea de
oídas, ¿sabe tocar el piano?
-No,
desgraciadamente.
31.Si tuviese
que elegir entre el amor y su carrera, ¿por cuál de ellos se decidiría?
-No
pretendo salirme por la tangente, pero ambas cosas las considero compatibles
con un poco de esfuerzo y buena voluntad.
32.¿Quién le
hizo su mejor crítica?
-La
mejor, la más decisiva, el público.
33.¿Quién la
peor?
-Una
compañera que dijo que tenía voz de sereno.
34.¿Le gustaría
filmar de nuevo en Hollywood?
-Con
argumento adecuado a mis posibilidades, desde luego.
35.¿Qué director
americano le gustaría llevar?
-Sin
duda alguna, George Cukor.
36.¿Cuál es la
figura más simpática que trató en Hollywood?
-El
pobre Gary Cooper, que en paz descanse. Yo le admiraba desde pequeña y al
tenerlo de carne y hueso en “Veracruz”, de pareja, no me desilusionó como suele
ocurrir generalmente.
37.¿Cuál la
menos simpática?
-¿Para
qué la voy a atacar?
38.Nómbreme a
una actriz española que, convenientemente aprovechada, pueda convertirse el día
de mañana en una gran estrella.
-Nuria
Torray. Creo que es una gran realidad ya.
39.Nómbreme
ahora a una estrella española desaprovechada por nuestro cine.
-Perdóneme.
Esta pregunta no se la voy a contestar.
40.Cíteme el
peor momento de su vida artística.
-Los
meses posteriores a la realización de “Locura de amor”. Cuando, enferma, pensé
que todo había terminado para mí.
41.Ahora, el
mejor.
-La
acogida de Madrid cuando, en junio de 1958, regresé de EE.UU. para asistir a
una sesión de “La violetera”. Más: la presentación de “Carmen” en Barcelona.
Más: el debut en Buenos Aires.
-.Mantenerse.
43.¿Y lo más
fácil?
-Creer
que el éxito jamás nos abandonará.
44.¿Cuántos
títulos suele ver por mes?
-Por
término medio, de ocho a diez.
45.¿Cuántas
obras de teatro?
-Pocas,
aunque me fascina el teatro.
46.¿Piensa
hacerlo alguna vez entre nosotros?
-Esa
es una de mis mayores ilusiones. Veremos.
47.¿Cuándo se
casará?
-En
1964. Pero de veras que todavía no hemos decidido la fecha exacta.
48.¿Me cita las
virtudes y los defectos de su futuro?
-Los
defectos no se los he encontrado todavía. Su mayor virtud, a mi juicio, estriba
en que Chente es un hombre. Lo cual en estos tiempos, no es tan fácil de
encontrar.
49.¿Eligió ya el
tema de su próxima película?
-Falta
el guón definitivo, pero se rodará en Japón. Y a continuación, en Italia, otra
sobre la vida de Claretta Petacci.
50.¿Cree usted
que María Antonia Abad conoce a fondo a Sarita Montiel?
-Resulta
difícil conocerse a sí misma.
51.Después de
leer sus declaraciones, ¿cree que los lectores de FOTOGRAMAS podrán saber algo
de la verdadera Sara Montiel?
-Bueno…
Al menos yo intenté responder sinceramente.
52.Sarita,
aproveche y dígales algo desde aquí a sus enemigos.
-“Respeto
honradamente vuestra postura”.
53.Ahora, a sus
“hinchas” y amigos.
-“Gracias.
Os debo lo que soy”.
Preguntas: JORGE FIESTAS
Fotos: F. GALLÉS Y SIMÓN LÓPEZ
LA FOTO CCXXXIV
La diva en su film "Samba"
Inesquecível estrela do cinema. Grande, talentosa, radiante.
ResponderEliminar